Total de visualizações de página

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Coração partido.

Despedidas são sempre tristes – mas, às vezes, não dizer adeus e permanecer é ainda pior. Então talvez seja hora de enxugar as lágrimas e seguir em frente. Partir – partir e curar esse coração partido. Poderia doer ainda mais? Acho que não. Mas nunca se pode ter certeza. Eu achava que não havia mais nada, quando você apareceu e, de repente, mudou tudo. Só posso esperar que outro alguém apareça agora e me mude de novo. Que alguém tire meus pés do chão e me faça girar, pirar, exatamente como você fez. Que venha e faça sarar esse coração despedaçado, solitário e desesperado, mas depois não o deixe como você deixou, quebrado em pequenos pedaços outra vez. Agora eu posso ver, o tempo passa e o sofrimento também. Há sempre como encontrar um esconderijo, e eu só queria que ele estivesse dentro de outros olhos, porque eu não posso mais olhar para os seus.
Adeus. Eu te amei. Amei mais do que se pode amar a uma outra pessoa. Por você eu sofri, por você eu chorei, por você eu sangrei até a última gota que pude derramar. E depois do fim, só resta o recomeço. Acabou – não há mais lágrimas para enxugar. E eu só posso sentir muito. Sentir por nunca ter dito, sentir por nunca ter tentado. Mas é tarde, essa noite não vai durar pra sempre. Eu espero que não esteja cometendo mais um erro, mas, se estiver, há sempre tempo pra tentar outra vez. E é hora de tentar. Perdi você, mas os pedaços do meu coração ainda estão vivos – doloridos, mas vivos. E eles querem bater por alguém, mesmo que eu saiba o quanto podem sofrer depois. Então quero me despedir. Me despedir dessa parte de mim que ainda não se acostumou – e que talvez demore a se acostumar – com a sua falta. Dessa parte de mim que só existe quando você está aqui. Dessa parte de mim que não quer amar a mais ninguem além de você. Até nunca mais, porque as pessoas precisam seguir em frente, e é isso o que eu estou tentando fazer.  Porque as despedidas machucam, mas os encontros curam todos os ferimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário